Guterres confiante no compromisso "verde" dos EUA apesar de Trump

  • há 7 anos
António Guterres diz que a decisão de Donald Trump se afastar do acordado em Paris para combater as alterações climáticas está a ter um efeito inverso no resto do mundo e acredita que, apesar disso, os Estados Unidos vão cumprir as metas ambientais.

Na sessão inaugural da conferência Tidewater, a decorrer em Lisboa até esta terça-feira, o secretário-geral da ONU deixou uma mensagem de otimismo.

“Após a decisão do governo dos Estados Unidos de abandonar os acordos de Paris, a verdade é que se verificou um sobressalto à escala mundial e estamos a assistir a uma reafirmação, por parte de todos os outros governos, do seu compromisso com Paris. Ao mesmo tempo, não deixa de ser interessante verificar que, na própria sociedade americana, este sobressalto está a gerar, por parte das cidades, de alguns Estados e da comunidade empresarial, um fortíssimo compromisso com a economia verde e com os objetivos da luta contra as alterações climáticas”, afirmou Guterres.

Para além da União Europeia, entre os países que reafirmaram o compromisso com as metas climáticas ratificadas, sublinhou o secretátio-geral da ONU, encontram-se “a China e a Índia”. Para António Guterres, tratam-se de dois países “essenciais para o sucesso dos acordos de Paris”.

Aviso à Administração Trump

O chefe administrativo da ONU deixou ainda um recado para a Administração Trump, considerando ser “fundamental” que os Estadops Unidos mantenham o “empenhamento multilateral” sob pena de “outros” ocuparem o “espaço vazio” eventualmente deixado pelos norte-americanos. “Sobretudo em relação às situações internacionais que exigem uma resposta global, na qual os EUA terão sempre uma influência determinante”, especificou.

No final de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva (foto em cima), no Palácio das Necessidades, em que foram debatidos temas relacionados com a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, nomeadamente no que concerne à reforma da ONU, Guterres abordou o trabalho que tem vindo a fazer com a administração norte-americana, liderada por Donald Trump, considerando que “não está a ser mais difícil do que estava previsto”.

#Internacional Relação de Guterres com Trump “não está a ser mais difícil do que o… https://t.co/2JH64kmxQY Em https://t.co/MDmhqgtnSp pic.twitter.com/pdyh6gow9N— TSF Rádio (@TSFRadio) 3 de julho de 2017

“Temos mantido um diálogo construtivo com a administração americana, procurando evitar que se afastem da resposta multilateral às grandes questões”, disse, reconhecendo que esse trabalho nem sempre tem tido êxito, como no caso dos acordos de Paris sobre alterações climáticas, que os EUA pretendem abandonar.

Por outro lado, António Guterres sublinhou que quer a administração norte-americana quer o Congresso têm dado “um apoio muito forte” à reforma das Nações Unidas, que procuram torná-la numa organização “mais eficaz e com maior rentabilidade em relação aos recursos postos à sua disposição”, respondendo aos interesses dos E

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